O cardume de peixe agulha

Eu fui muito sortuda e queria que outros filhos tivessem o que tive.
Meu pai tinha um coração enorme. Não era perfeito, falou algumas coisas pra mim que me magoaram quando eu era adolescente, não me esqueci, serviram de lição e foram para o meu bem. Se eu for colocar na balança, foram mais acertos do que erros. A educação nos anos 80/90 era outra, eu entendo perfeitamente, ainda mais hoje, que sou mãe de duas crianças.
O post memória de hoje é de Barra de São João, onde temos uma casa de praia (muitos outros posts virão de lembranças de lá). Meu pai me ensinou a pescar e sempre pescávamos juntos, da ponte ou do nosso próprio quintal. Um dia, estávamos na ponte pescando e meu pai avistou um cardume de peixe agulha. Preparou uma linha com um peso mais leve, para não assustar os peixes, quando de repente... Eu catei umas pedras que estavam perto do meu pé e joguei nos peixes.
O silêncio que precedeu o esporro foi ensurdecedor. Tomei uma bronca fenomenal e queria um buraco pra me esconder, de tanta vergonha.


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